segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

AMO POESIAS!!!!

LAGARTA E BORBOLETA

De corpo mole, como quem não quer nada,
devagar, ando muito; sem me sentir tão cansada,
em minha casa descanso sempre, à sombra por preferência.
Viajo, conheço o mundo de carona sem custar nada,
meu medo é ser descoberta, por alguém ser amassada,
interrompendo minha volta, ao lugar de querência.

Com aparência rica em variedade,
vivo feliz tanto na roça como na cidade,
a preferência, é estar no alto, se possível nas Palmeiras.
Sou presa fácil dos pássaros, minha grande adversidade,
não corro, não grito, não tenho grande mobilidade,
podendo, me escondo entre as folhas, fechando suas beiras.

Muito feia, por vezes cabeluda, arrepiante,
tenho instinto de bondade, modifico o que fui antes,
na intenção de ser aceita, quem sabe, amada.
Me aprisiono em um casulo, mastigo um calmante,
sozinha, isolada, irradio bons pensamentos dardejantes.

Sonho com a vontade, de ser aguardada.
Cansada, faminta, alegre, transformada,
deixo o esconderijo, pelo mundo quero ser adorada,
agora, não mais como lagarta, ganhei minhas asas, mudei
.

No salão de beleza do Céu, ganhei cores, estou maquiada,
sou branca, com listras escuras, ao fundo estou azulada,
fui dormir Lagarta, como Borboleta, acordei.


Por: Cesar Alvarenga
em: 25/08/2011

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